13 de fev. de 2008

Fora dos Cascos

O homem nasce, cresce e fica burro. Essa é a seqüencia correta para qualificar o desenvolvimento humano. Isso porque pode-se dizer que há mais erros de raciocínio que acertos, de modo a salientar o profundo envolvimento dos sentimentos, subestimando o uso racional ao princípio de incapacidade. Se eu amo X, então X me ama? Obviamente que não, mas eu posso esperar por isso, alimentando meu corpo de ignorância e imaturidade. Aí entra a questão a qual me refiro, já que entre a nossa raça é tão comum o mal hábito de cobrar do mundo o empenho depositado em alguma circunstância, como prova de recompensa. Desacostumei-me a atribuir insucesso a situações que não estão ao meu alcance, embora bem simples distribuir nichos de culpa a uma roda de mortais, nem por isso com justiça. Talvez o caminho para a redução de tanto sofrimento seja agir por conta da intuição, lendo corretamente aquilo que o espírito nos apetece. Costumo acreditar que fiz o que pude para que, em caso de não-correspondência, entenda tal fato como uma adversidade, que, a princípio, não certifique inaptidão ou infortúnio da vida como castigo divino. Embora a inabilidade seja uma virtude entre os burros, me esforço para lidar com o processador de que disponho.

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