4 de dez. de 2007

Crime Culposo

Não fui o autor intelectual do crime que esta corte julga ter sido consumado. Depois de muitas horas de depoimento e acusações, foram consideradas procedentes todas as provas levantadas. Não tive como apelar ou adiar a sessão para uma nova data como costumava ver no cinema. Na verdade, estava demasiado curioso por entender o porquê de estar naquele lugar. Antes não parecia um filme, depois começou a confundir o meu senso (diga-se passagem acostumado somente a ocasiões em que o ridículo fosse abominável). Cheguei a cogitar a volta de um coma num futuro onde a inteligência artificial houvesse abolido a maioria dos humanos, senão todos. Na bancada, vários conhecidos. Mal conseguia olhar para as testemunhas presentes. O advogado havia me orientado a falar apenas o extremamente necessário para não estragar sua estratégia de defesa. Ele próprio já tinha assumido o ethos do personagem cuja saída foi a de alegar insanidade mental. Em seu discurso, o réu era incapaz de estabelecer sinapses sadias em se tratando de sentimentos e emoções. E o clima do tribunal era pesadíssimo. Eu me sentia um monstro recentemente acometido por um surto hediondo. Segundo documento impresso da acusação, as conversas virtuais, que representavam o histórico criminoso, mostravam claramente as minhas inescrupulosas intenções. Eu não havia premeditado absolutamente nada que pudesse ameaçar a integridade sentimental dela. Quando dei por mim já estávamos de mãos dadas. O juiz entendeu a história como um desvio de conduta. Quase não argumentei, não poderia prever o acontecido. Isso não fazia parte dos planos.

20 de nov. de 2007

Sílabas Eufóricas

Rótulos de remédios são atraentes pelas suas tarjas assíduas. Marcam a silhueta retilínea das caixinhas com cintos em preto ou vermelho, um convite ao contraste. Igualmente os objetos de perfuração espalhados pela casa. Pregos, facas e coisas de metal em geral, fomentam uma estética apaixonada por piercings. Língua, dentes, mordidas. Ouvindo o riff sujo do Seven Nation Army me comovo com a plástica dos objetos em si, com a vida dos inanimados. Insetos gosmentos contrabalanceiam com sonhos e propostas de tatuagens, senão mandalas psicodélicas. Nada perde a vibração intensa de cores efusivas, as responsáveis pelo conforto emocional mais sutil. O prazer em expressar as próprias idéias, usar a alma pelo lado de fora. O inusitado. Viva! É uma questão de novas possibilidades de expressão, sobretudo de protesto, quem sabe ao estilo Cool Hunter. De preferência uma cara amassada para contar aos visitantes sobre as olheiras de amor. Na porta, em letras garrafais, "a morte é natural e a vida é intensa e passageira". De repente, encontrei no preto uma perfeita opção para o segundo plano.

19 de nov. de 2007

Perda de Contato

Desespero também é não ter do que sorrir. Nessas horas, levantar da cama exige um tremendo esforço, dá preguiça de falar. A parede, em monocromia desalmada, não tem nada a oferecer senão a sensação de vazio. Talvez quem sabe entrasse um pouco de vento pela janela para balançar a casa-da-árvore-sem-folhas. A cama, apesar de íntima, é uma tormenta. A agitação de seus rebentos causa pesadelos a qualquer marinheiro experiente. Em ilhas desertas, o divã é um infinito tapete de areia, e os pacientes, tremendos curiosos em busca da origem da água dos cocos. Entre as mentiras contadas pelos homens, a mais sincera é a de que no fim tudo vai dar certo. Nem que seja sob aplicação de sedativos. É bem assim que as angústias se transformam em outras, suplantando uma paranóia substitutiva a cada ato de covardia. O dia que ainda não terminou na noite acordada, começa com os olhos quebrados de coragem. A luz do dia fez mais uma vítima do confronto com a realidade. Também não há escolha. Levanto querendo acordar para poder dormir.

16 de nov. de 2007

Cem Olhos

Já que não me convidaram para a festa, eu pretendo me travestir de intelectual bem-sucedido socialmente para ter acesso. Em áreas restritas, somente os bem conceituados (ou pelo menos aparentemente assim reconhecidos) gozam de liberdade para contar causos de bebedeiras ou falar daquela música do Chico, regravada pela fulaninha para levantar a bola do álbum novo. Tudo bem, sonoramente o Buarque não me atrai, talvez eles entendam isso como uma falta de absurdo, uma afronta à memória da música brasileira, que costuma manter o círculo fechado em meia dúzia de nomes admitidos como geniais. Deixemos à vontade o meu Complexo de Argus para alimentar os infinitos olhos que guardo nestes dois, apesar de um deles parecer mesmo com um monstro mitológico por conta do sinal de nascença. Fico espiando. Quanto mais vejo, menos falo sério. Entro para a lista dos menos tocados se a ironia passa despercebida e me contorço de felicidade (só por dentro, numa efusividade invisível) quando sou levado à sério instantaneamente. Não precisa conhecer muito, espere algum boçal-novo espelhar contentamento para, enfim, você aprovar com segurança. Desespero não é só rir de tudo.

10 de nov. de 2007

A Vida Tem Pressa

Negócios não têm alma. Alma não tem cor. É inútil tentar se enxergar esbugalhando os olhos no espelho do banheiro. Já me perdi inúmeras vezes tentando me encontrar. Em outras ocasiões contei os passos da ponte até aqui, chutando lata de refrigerante para pensar melhor o que falar caso perguntassem. Tornei-me adepto da ironia para confundir a quem poderia convencer. Notícias, esportes, entretenimento e vídeos, algumas inverdades absolutas estão notificando os meus sentidos. Dos presentes me esqueci, se o Papai Noel aparecer digam que fui atrás de uma água de côco com gás. Depois corro pra calçada, o lixo não pode se atrasar. Enquanto isso vão fazendo brinquedo pra ensinar logo cedo como é que se aprende a desaprender. Não me pergunte qual o meu cartão, minha identidade foi roubada. Roubaram o que eu seria. Chega mais perto pra sentir a loja do meu cheiro. Além de insensato, tenho uma sacola cheia de remédios baratos para curar os bons costumes. Nasci de um feitiço, depois o aprimorei. Hoje eu tento limpar o chão das estrelas com pano de algodão doce. Amanhã quem sabe eu pense em sorrir. Trabalhar é mesmo coisa de quem não tem o que fazer.

6 de nov. de 2007

Álbum Novo

Infinita tristeza eu poderia sentir se a caixa grande não parasse mais nos andares ímpares. A vida passaria a preto e branco num cair de pingo de chuva em noite de domingo aterrorizado pelos programas de TV. De um lado e do outro, ao avesso ou à vitrine, qualquer um saberia localizar a flecha. De fato, eu me sinto um alvo móvel, uma presa indefesa com codinome de desenho [des]animado. Preso pela força da fragilidade, irradiante nas horas vagas e assíduo nas noites de insônia. Ironicamente, roubo frases de caminhão para rechear de clichês o cotidiano. O fascínio pela megalomania reverbera pelos ares, serve apenas para acalentar sonhos. Quando se pensa grande, os ventos mais fortes sopram ao nosso favor para manter a proporção. A vida deve ser um roteiro inacabado(e muito mal pago, por sinal). Quando a gente se dá conta que é o protagonista, entende porque os coadjuvantes são tão importantes para o andar da estória. Não há ensaio ou corte, daí os erros. Então acordo num videoclipe com o fone de ouvido no máximo para não ouvir o falatório dentro do coletivo. Quem vê a cara de paisagem não sabe onde o pensamento está. Estou concentrado no presente, antigas fotos não mais existem. Cuido das novas como se fossem as últimas.

25 de out. de 2007

O Sonho

O barulho era tamanho que não conseguia distinguir minha própria voz naquele ambiente. De repente, lembro de gritar bem forte, o máximo alcançável, nem por isso obtinha sucesso. O sufoco forçava o corpo todo a se envolver, também a se debater contra a parede. Nem mesmo um leve instante de calmaria mudava a situação. De uma porta a outra não se ouvia um som que levasse incômodo ao resto da casa. Isso só vinha a somar desespero. Nenhuma pancada mais forte, nenhum alarde solicitando ajuda. Eu fazia um enorme esforço para entender o que se passava. No mínimo, queria saber a origem de tamanha força sobrenatural. Depois de um longo período de tortura, não acreditava mais sobreviver. Não tinha nada de filminho na cabeça. Simplesmente não conseguia pensar em nada, apenas em escapar. Logo acordei com a cara enterrada no braço direito, como quem se escora num poste para chorar. O suor tinha tomado o corpo inteiro, suspirei aliviado em abrir os olhos e, depois de um tempo, notar o meu quarto. Era a minha cama, o meu lençol, o meu palhaço pendurado no armador... Não seria o primeiro sonho cujo vilão era o chifrudo-fedorento-a-enxofre em missão de morte. A minha avó diz que é porque eu não rezo. Mas eu tenho medo de seguir a sua orientação e sonhar com coisa pior.

22 de out. de 2007

A Pílula do Prazer

A vaidade transparece menor abundância aos olhos externos. Por dentro, o corpo dá sinais de fadiga mental, não adianta exigir de si próprio o senso universal da apreciação. Mesmo o que está próximo da perfeição, ainda está bem longe de ser muito bom. Uma febril compaixão pelos elogios acompanha os sussurros mais imediatistas das salivas afoitas. Com isso, fatos inescrupulosos vão comovendo a humildade. Lembra bem uma daquelas mocinhas chorosas em frente à TV pelo seu grau de distração. Ficar na porta de entrada é só uma maneira de tentar se redimir. Usar roupa velha é só o símbolo-mor da busca pela simplicidade que, no fim das contas, não introduz garantia alguma. Deve ser coisa de gente firme e forte venerar sua filosofia do não-arrependimento. Quando dar o melhor de si não coincide com os resultados esperados, não há lamentação que resista a dar uma cuspidinha. Espero que um dia a vida moderna disponibilize elogios em cápsulas, porque em caso de abstinência, a farmácia mais próxima pode resolver o problema. A vaidade agradece.

16 de out. de 2007

Crise de Ansiedade

Quanto mais eu puder esquecer, melhor. Já andei conversando cá com meus botões temendo o futuro. Estão todos orientados a imitar defunto ao primeiro sinal da grande onda. E assim permaneçam as íris, os cristalinos e os cílios. Com prudência diante do estrondoso mar, da imensa covardia dos percalços da vida. Presenteia e toma, sem dó nem piedade. De fato, era pra eu esquecer mesmo. Aliás, nesse momento eu não deveria nem saber escrever, mas o signo da intranqüilidade cutuca a paz resguardada. Nunca houve uma tão perversa. Por isso as cordas não vibram. A viola não toca uma só melodia aprazível para [en]cantar a alma. Ela serve de ombro amigo para ouvir suspiros de apreensão. Se as incertezas garantissem certa estabilidade, meus devaneios gozariam de graciosa liberdade. E a austeridade com a qual me julgo todo dia, seria apenas mais um ato involuntário. Todo dia lembro involuntariamente do que eu preciso esquecer. Afinal, dois corpos não querem se distanciar quando seus corações estão bem próximos. Por enquanto, isso me basta.

3 de out. de 2007

Narciso Se Contorcendo

Senti-me um cubano na Disney World, um iraniano enriquecido de urânio na Wall Street. Logo de cara eu tinha assumido o papel de obra-de-bienal com sua complexidade visual posta em questão pelos visitantes. Os olhos alçados pelo voto de pobreza espiritual procuravam como um radar o mau gosto, e os dentes, à mostra forçosamente, esticavam as faces para emplacar simpatia. Melhor assim e aproveitar a deixa para economizar no botox futuramente, senão eu dispenso. Os pedaços de pano e o chinelo já tinham sido reprovados no teste de compatibilidade antes do DNA ser colhido. Ora, estou sendo filmado e ninguém diz para eu sorrir? Eu não pretendo vencer na vida e ter a felicidade de um comercial de margarina para mostrar aos vizinhos que as coisas vão bem. Não mesmo! O cego enxerga a todos da mesma forma, mesmo sob a égide da deficiência. Já nós, amparados pelos saudáveis atributos físicos, limitamo-nos a enxergar o que está exatamente na carcaça. Pura carcaça. Eu não uso mais a velha camisa preta desbotada do Nirvana com o desenho do Kurt Cobain, nem mesmo o jeans rasgado e o all star com um vermelho de dar inveja ao Jack White. Porém, é como se as lembranças estivessem reescrevendo o senso de direção, vestindo as idéias e seguindo o velho rumo guiado pela venta.

17 de set. de 2007

Uma Estrada e Quatro Pés

Hoje eu prefiro deixar as paixões para as coisas. Para as pessoas, e se assim for inevitável, espero reservar sentimentos. Só para não ficar pelo meio do caminho. O “começo” da meada é insignificante quando o “meio” é envolto de agradável intuição. É a maneira diária de acompanhar o desenrolar dos fatos propriamente trilhados. Sem desmanche. Sem honraria, porque nunca se sabe quando está em voga. Tomo nota das coisas desnecessárias à memória. Anoto o que realmente não preciso fazer, não sinto prazer em cobiçar. De fato, atitudes hedonistas mascaram suas angústias na ilusão da busca incessante pelo gozo, e a felicidade, nessas horas, aparece para confundir a convicção mais acentuada do espírito libertino. Duendes até podem esconder a chave da porta, mas não o bem-estar alheio. Quando encontrar o palhaço de novo, vou dar-lhe um abraço apertado. Todo mundo pensa que ele está vestido de piadas. Porém, a maquiagem precisa de bastante pó pra esconder sua tristeza, tanto que a lágrima só parece com um desenho porque não pinga no colarinho.

13 de set. de 2007

Velhos Novos Tempos

O padre falou que eu estava errado, que a hóstia era o corpo do salvador e o dízimo, um ato de grande benevolência. Achei por bem apenas ouvir. Enquanto isso, na cabeça, passava um filme dos tempos de eucaristia, da época em que fugia da missa para jogar bola.
Acordar cedo, ir pra eucaristia, gravar rezas, assistir à missa e perder a pelada era prejuízo demais para uma pobre alma de nove anos, já que o assunto era prioridade. Ainda hoje aprecio jogar pela rua. Ainda costumo comer as mesmas coisas que aprendi a gostar quando criança.
Só depois de ver o velho Nelson comentar foi que parei para prestar atenção. E não é mesmo! Se as crianças são livres e felizes mesmo sendo coagidas, imagine se o mundo lhes desse de presente boa parte da sabedoria logo a partir do primeiro berro? Meu pai, depois de analisar minuciosamente um dos primeiros exames, estava confiante. “Nossa, doutô, acho que meu filhinho vai nascer com uma baita duma lapa! Já vejo os amigos de faculdade o chamando de tripé”. Logo em seguida o ilustre corrige, “Que isso, meu caro! Isso aí que o senhor está vendo no ultrassom é só o cordão umbilical”.

9 de set. de 2007

Em Memória aos Detalhes

Eu sempre tenho alguma coisa a dizer. Falo a quem nem ouve com vigor. Ou porque chegou cansado do trabalho e só quer pegar o seu prato para comer em frente à novela, ou porque nunca teve o hábito de ouvir mesmo. A pessoa vai concordando e então ficamos sem um real diálogo. Não responder é um tipo de resposta a quem admite fracasso de contato. A minha professora fala pelos ares do tal do “feed-back”. “Explica o que acontece com “inside” da gente, teacher?”. Ela até tenta. Enquanto isso eu vou ao banheiro bem devagar. Fico tentando sentir o gosto que a água não tem, só pra ver se o tempo passa logo. Ponho-me a pensar como uma coisa tão simples possa ser tão desvalorizada. É que eu não me acostumo, mas os detalhes estão fadados ao fracasso. Ser ouvido é ser acolhido, é também ser olhado. É sincronizar os olhos para ouvir melhor. Ouvir é como abraçar, o afago vem com o conforto da atenção.

30 de ago. de 2007

Sobre Homens e Cães

Cachorros-mendigos não têm culpa pelo mau semblante vindo das ruas e muito menos autoestima para abanar a cauda ao sinal de um assobio. Os olhos deles reprovam qualquer suspeita de sentimento de pena e, por isso, preferem não demonstrar entusiasmo de primeira. Eu entendo. [acabo de perder o ônibus] É bem provável que o descaso seja pura incredulidade numa possível atenção recebida, porém seu desejo mais profundo tem sentido inverso: olhar o mundo pela janela de um carro em movimento, só para sentir o vento bater no focinho. Ou quem sabe ganhar um ossinho de ovelha européia como os das madames. Talvez só por um dia. Humanos arrotam inteligência enquanto cães resguardam a sua. Fingem-se de morto. Até porque se as cadelas no cio exalassem cheiro  tal qual as mulheres, já não se distinguiria uns dos outros. Não pelo latido.

16 de ago. de 2007

On/Off

O vaga-lume vaga alumiando o caminho por onde passa. Quando apaga a gente fica sem saber pra onde ele foi, entretanto, basta um novo ponto luminoso pra saber a exata localização. Sua vida é um Story Board otimizado ao máximo. Quadro a quadro. Passo a passo. Seu estilo de vida transmite dados concretos sobre seus caminhos percorridos. E assim ele se deixa observar. Deixa claro quando está se aproximando ou se afastando. Não há como não perceber. Sua sinceridade é luminosa e o escuro, a melhor parte do dia para a felicidade, a contemplação do silêncio e o amor. Embora seu sistema On/Off cause apreensão, sua alma sempre iluminada traz conforto aos outros bichos. Os outros bichos o vêem como um ser extremamente pacato, que pouco faz barulho e prefere outro fuso, mas por dentro dele, vagueia uma pá de insultos dóceis. Vaga-Lume. Vaga, Lume.

11 de ago. de 2007

De Volta ao Ringue

Um homem só já é um equívoco para poluir um determinado ambiente, imagine vários deles conversando despreocupadamente numa calçada qualquer? Algumas lesadas mentes ainda se perdem, mas não me canso de comentar sobre nosso tamanho nível de “abestadice”. Não dominamos papo interessante algum. Elas simplesmente fingem interesse pelo que falamos, deixando-se levar por alguma espécie de atração cujo foco principal não é o nosso conteúdo, porque se dependêssemos de tal êxito para conseguirmos beijá-las, estaríamos tão longe de concretizarmos nosso desejo quanto um jumento de dominar dois idiomas. Depois daquela paquera bem sucedida, então voltamos para casa com a plena certeza que o sucesso foi obra da lábia, do pleno exercício da arte da conquista. Mal sabem nosso ego e inteligência que a prática milenar dessa tentativa expurgou aos tempos atuais uma espécie de lista de clichês de exaustivo uso masculino, transformando-nos num ser repetitivo e, em alguns casos, acéfalo. Não precisamos existir para uma determinada mulher, nem ocupar a sua agenda telefônica ou estar na sua lista de contatos online - todas sabem quem somos e o que rotineiramente falamos quando nossos olhares alardeiam perigo. E é óbvio que a nossa reduzida inteligência no domínio de qualquer que seja a estratégia permite facilmente a identificação de nossas reais intenções. Importuno mesmo deve ser quando estamos só olhando.