O coração implora para que a razão não tome fôlego em suas sinapses.
Dizer que os passos são feitos de repetições é estabelecer uma culpa a priori, como se fosse possível amenizar o crime por uma pré-confissão. Daí o despropósito neurótico em nunca apresentar a si mesmo dados suficientes para suprir angústias. O presente afetivo é uma invenção dantesca, ocasional e relativamente confortável, já que emprega argumentos para todas as variáveis.
Ah, solte um pouco o freio
deixe de receio
encare mais os fatos
sirva ainda frio seu coração
Seu fogo não se espalha
Excesso de razão
é como opinião
Se não ajuda, atrapalha
deixe de receio
encare mais os fatos
sirva ainda frio seu coração
Seu fogo não se espalha
Excesso de razão
é como opinião
Se não ajuda, atrapalha
(Reprise – Ludov)
Eis que Sigmund, em seus apontamentos falocêntricos, deu pistas evasivas sobre a não-constituição da mulher que te habita, da incompletude emergencial e da “inveja” do falo. Bingo!
A razão só é absoluta para si mesma, assim como poderiam pensar seus donos. Cães que ladram farpas de amor e ódio cortantes.
O que sobra ao coração, falta aos olhos.
Racionalizar o amor pode ser um caminho perigoso.
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