A essa altura do campeonato eu deveria estar em seu mural, com a mesma cara de quem acabou de protagonizar um comercial de margarina. Alegre, sorridente e promissor, tal qual as mamães desejariam para suas filhinhas durante a vida conjugal.
Tornei-me, então, a foto de um ente falecido. Antes eu era agraciado com um ou dois ímãs de prestígio, agora ando bolando por entre as últimas imagens no fundo da caixa cintilante. Não sei ao certo se virei recordação ou negativo amassado. Na falta de algo melhor, nunca me faltou coragem para dispensar uma bela cena só por causa de sua pose.
Só sei que não quero acender a luz e estragar a revelação de suas fotos novas.
se eu disser aqui que isso me lembra a exposição a qual Caetano se sujeitou com o álbum Cê, tu fica com raiva?
ResponderExcluiramotugrandão
Eu já morri no fundo de um armário.
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