12 de dez. de 2008
Pode Acreditar
7 de dez. de 2008
Eu Bem Sei
30 de nov. de 2008
Levanta-te e anda
18 de set. de 2008
O Negativo
12 de set. de 2008
Buzina
7 de set. de 2008
O Grande Bem
14 de ago. de 2008
Bienvenido ao Clube
10 de ago. de 2008
Volta e Meia
9 de ago. de 2008
Sucessões
7 de ago. de 2008
A Porta da Rua é a Serventia da Alma
31 de jul. de 2008
O Tempo Inteiro
Amanhã também
Hoje eu quero te fazer feliz
Amanhã também
Hoje eu quero ser você
E você, ninguém
Mas eu prefiro que você exista hoje
Amanhã, também.
6 de jun. de 2008
Cash, Hermano!
Hoje tive a certeza de como o dinheiro é importante na vida de um indivíduo. Esqueça aquele papo de movimento de rotação e translação. Definitivamente o que move o mundo é o capital. “Diga-me o que consomes e te direis quem tu és”, já diria o querido Chico Xavier. Pois bem, depois de uma calorosa viagem de volta num transporte coletivo lotado, cujo motorista vinha em pé e o cobrador logo atrás num mototáxi, cheguei em casa. Constatei que não podia discordar do jantar. E por quê? Por quê? Hein? Porque eu não tinha um tostão sequer. Só por isso. Conformei-me. Em seguida, com uma expressão de aprovação, empurrei para dentro tudo o que tinha no prato. Inclusive cheguei a cogitar a possibilidade de repetir a porção, mas logo depois desisti. “Mais tarde completo o bucho com pão e queijo”, pensei. Mas quando se tem dinheiro no bolso a coisa é diferente. “Hum, não gostei muito da cara desse frango. Ele está meio anêmico ou ele é alérgico a corante, mãe?”.
1 de mai. de 2008
De Fininho
Foi como se nada tivesse acontecido. Parei. Olhei pro tempo como quem simula preocupação. Fiz tudo o que a cena exigia para que eu pudesse sair ileso, embora seja pouco provável que alguém não tenha memorizado minha fisionomia. Exatamente num desses cantinhos em que o cérebro associa rostos a fatos torpes. Até sentia uma vontade absurda de gritar, mas isso só poderia atrair algo que naquele momento era o que eu menos queria: atenção. Posso imaginar um corno em sua perfeita harmonia com o mundo. Isso porque ele não sabe de nada, isto é, nunca enxergou nenhuma situação que pudesse comprovar tal privilégio. Não precisava os dois, foi necessário apenas um. Um mísero olho e aquelas pessoas me viram naquele estado. Hoje em dia é tão fácil resolver pequenas situações via celular, só basta ter crédito. É fato, poucos o têm. São como bruxas que saem nas madrugadas para dar um passeio de vassoura: não acredito em créditos, mas sempre tem aqueles que já viram. Coisa fina. Rara. Algo como pessoas que riem do “Zorra Total”. Já que eu não tinha crédito, resolvi sair de fininho. Foi como se nada tivesse acontecido.
13 de fev. de 2008
Fora dos Cascos
12 de fev. de 2008
O Mundo e seus Negócios
7 de fev. de 2008
Baile de Máscaras
17 de jan. de 2008
Por Toda a Vida
2 de jan. de 2008
Dados, Papéis e Signos
Tudo está parando, eu sei. Até parei de repetir frases únicas. Também acho que não preciso ler para saber quem nunca serei ou o que sempre abominarei. Leio para ter o que desconversar ao lado de alguém que reclama do calor. Se bem ando pensando com clareza, sem licença poética, é claro, estou comprometido até o último rastro de testosterona. Orgulho-me em ser um animal deuterostômio o qual desenvolve seu metabolismo a partir do ânus. Suponho que este seja o motivo da maior farsa da ciência: a inteligência humana como fator fundamental da premissa evolutiva. Amanhã outra alma desconhecerá a sua criatura e se submeterá a ela, depois cairá em estado de escravidão mórbida. Que ironia! A conta das sessões com o terapeuta está me deixando louco. Então vem uma cadeia alimentar e me prende, logo em seguida aparece uma rede de televisão para me embalar. Tem alguém querendo que eu pegue no sono. Hipnotizado já estou, só não quero incomodar o vizinho com comentários em tom pastel. Por essas e por outras, vida de criança é tão supimpa. Eu não quero crescer pra ficar inteligente e, por conseguinte, descontar a burrice em terceiros, apesar de ter poucas escolhas. Crescer é emburricar, antes a minha caixa de lápis de giz de cera. O que é, achas que sou deveras incapaz de escrever isso tudo? Vou contar pra minha mãe! Se importa de tirar a sua moral da frente do meu velocípede?