26 de mar. de 2010

Pura Ciência


O amor não move uma palha por si mesmo. Ele nada pode fazer a seu favor sem que esteja de acordo com o cumprimento legal do desejo humano.
Nós o inventamos na tentativa de amenizar nosso sentimento de decrepitude diante da morte, quando o medo transforma a solidão em estereótipo da felicidade.
O amor é o verdadeiro contrato social, uma versão renovada do banco imobiliário.
É frágil por não ter onde se apoiar, se consubstanciar; inseguro, por necessitar de apego incondicional; e eloqüente, por exigir bordões mágicos de manutenção da escala sentimental.

O amor foi inventado, é pura ciência. Cabe a nós encontrar o seu centro gravitacional.

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