14 de jan. de 2010

Teoria do Impasse

Um dia você descobre que sempre esteve sozinho entre pessoas comuns e paredes imóveis, nada mais que um ser aleatório entre muitos indigentes prontos para a cova, com o diferencial de ter sido dotado de uma falsa consciência de mundo. Este sim, nunca esteve de acordo com nossa visão ou coração, pois os outros elaboraram suas próprias versões. Sexo instintual, casamento com noivado, virgindade com paixão, ninfetas seminuas nas capas de revistas e comerciais de TV. A vida é um grande fosso de senso comum entrecortada por malabaristas anônimos e artistas ilusionistas, amparada pela miséria espetacular da arte, seja ela inconsciente ou não. É tão paradoxal as pessoas usarem os mesmos termos para conceituar o cerne da divergência instantânea entre os demais, onde nem mesmo o inconsciente coletivo é capaz de apaziguar tais forças. As palavras são as mesmas, as mentes é que vagueiam. Umas divagam, outras transbordam ignorância pra você. Pra elas é só uma questão de hermenêutica, a mesma que o juiz e o advogado utilizam para definir rumos diferentes ao réu no tribunal. É um choque pensar na pequenez humana.

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