18 de nov. de 2009

Bastardos Inglórios (2009)


Bastardos Inglórios é mesmo um filme que não abre margem pra que seja outro diretor senão Tarantino. Sangue. Deleitosos diálogos. Sangue de novo. Plástica. Sátira. Figurões Caricatos. Com o filme eu pude aprender o que é escalpo, apesar de meu estômago ter tentado impedir tal tarefa.


Aldo Raine [Brad Pitt] chega a ser totalmente cômico com seu sotaque arrastado do Tennessee, apesar de ser um aterrorizante caçador de nazistas. As suásticas que o tenente caipira grava na testa dos alemães é apenas um toque taratinesco. Mas o cara do filme é Hans Landa [Christoph Waltz]. Ele encarnou um verdadeiro cão farejador fascista de ar cínico. Mérito pro roteiro também que, por sua vez, lança mão de colocá-lo em situações-chaves, dosando a tensão com o telespectador.

Muitos apontam atropelos do diretor por ter distorcido e passado por cima de parte da Segunda Guerra. Uma grande balela. A essa altura do campeonato Tarantino não quer nem saber se estão reivindicando a falta de conteúdo do longa. As duas horas e meia de atenção incondicional na poltrona do Cine Box colaboraram para que eu engolisse restos de aves sem perceber. Sim, Bastardos Inglórios me fez comer uma barra-que-chamam-de-cereais. Coisa que só não acho mais horripilante que Crepúsculo.

Bastardos Inglórios é uma sátira de guerra, isso basta para que não fiquem tirando o mérito do diretor. Mas isso é papo de crítico de verdade. Quer dizer, deve ser. Assiste aí.



Direção e Roteiro: Quentin Tarantino

Atores: Brad Pitt, Christoph Waltz, Mélanie Laurent, Eli Roth e Diane Kruger.

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