12 de dez. de 2008

Pode Acreditar

Um traço marcante da Nova Ordem é a cumplicidade nos relacionamentos amorosos instantâneos. Veja bem, cumplicidade. Por isso mesmo, deduz-se que homens e mulheres compartilham de semelhante ideal individualista. Antes das declarações de amor, da troca de telefones e filhos existe uma grande força apaziguadora chamada “Eu”. “Eu” é mais importante que o futuro, os negócios, a crise financeira ou o gol de calcanhar do Obina na final do campeonato carioca. Portanto, esqueça de vez aquele velho farto histórico-estigmatizante carregado pelo homem ao longo de sua trajetória sexual e afetiva. Da melancolia apelativa das páginas de orkut à falsa euforia do msn, dos rompimentos às noites mal dormidas, da aposta ao prêmio, do encanto à realidade, dos erros de raciocínio à mensagem de celular nas madrugadas. Quando a moral e os valores mudam, antigas reivindicações perdem o sentido. Pois não é que ainda tem mulher que insiste em se fazer de vítima?

3 comentários:

  1. engraçado! sempre tive a leve impressão de são eles, os homens, que sempre e indubitávelmente se fazem de vítimas, pra que a mulher ou seja quem for a descordar perca até a convicção de que ele é realmente culpado. se o fazem tão bem quando são culpados, imagina a habilidade quando são realmente inocentes... rs
    saudades, Neeeel!
    Xêru!

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  2. O eu é o mais importante, principalmente quando é o m'eu.

    Pow, gostei da modernidade aqui das marcações a despeido do posto. Meensina,poxa. Como se faz essas mUdernidades? Tem de pagar quanto? :D

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  3. Ué, eu tb vejo que os homens se fazem de vítimas. Deve ser uma estrategia de ambos os sexos.

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