14 de ago. de 2008

Bienvenido ao Clube

Viver de desejos é loucura plena. Tamanha sensação é a angústia de viver em função de pensamentos oportunistas. As páginas cravejadas de palavras tidas como universais às vezes são apenas particularidades. É isso o que se pode esperar de um mundo que ensina qualquer um a se omitir, sobretudo quando há algo que signifique o mínimo de ameaça. Eis um ponto central: o que pode realmente representar uma ameaça? Acordar, tomar café e passar a margarina nos dois lados do pão. Uma seqüência automática. Repetições? Não, obrigado. O senhor pode me ver o cardápio? Reflexões acerca da felicidade eu nem conto mais. Inúmeras maneiras de rir de si mesmo. Aos carentes de discernimento só lhes resta crer que o limite é chão. Um axioma. Mas vejam só quanta roupa extravagante. Há algo errado aqui, nem é Natal. Espero que não. A vida é tão breve. Parece que foi ontem o dia do tropeção naquela enxada que arranhou parte da minha dignidade perante meus companheiros de time. Além da metade do dedo, deixei para trás marcas verdadeiras de sangue. Eis uma questão de honra querer que todos reconheçam minha bravura, seja pela pelada ou alguma estrofe de letra expelida. Tem que jorrar sentimento. E por isso não posso me dar ao luxo de desejar apenas aquilo que me é oferecido. Sinto-me no mesmo direito de ter um fabuloso destino, Amélie que o diga. Enquanto houver proveito e um tanto de diversão a fonte vai jorrar, alguém aí pode até não concordar. E o que me resta, obedecer ao id ou desafiá-lo correndo o risco de comprar uma briga para o resto da vida?

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